O Coletivo Ambidestro é uma organização cultural sem fins lucrativos que atua no fortalecimento do circo como linguagem artística e como campo de encontro e transformação social. Embora formalizado em 2015, o coletivo existe desde 2012, desenvolvendo ações que promovem formação, circulação, intercâmbio e articulação entre artistas circenses de diferentes territórios.

Acreditamos que o circo é uma ferramenta potente de conexão, superação, memória e inovação. Por isso, mais do que realizar eventos, buscamos sustentar processos colaborativos e duradouros, fortalecendo redes e práticas que valorizam a coletividade, o cuidado nas relações e o fazer em rede. Atuamos tanto com quanto sem apoio financeiro, mobilizando artistas, coletivos e movimentos de dentro e fora de Brasília.

Nossas ações incluem a realização de projetos continuados, oficinas de capacitação em produção cultural, suporte à formalização de artistas e orientação para inserção no mercado cultural — como elaboração de documentações, portfólios e inscrições em editais e festivais.

Entre os projetos que consolidam nossa trajetória, destacam-se:

• Palco Aberto: com mais de 10 anos de existência e mais de 60 edições realizadas no Distrito Federal, é um espaço de experimentação e visibilidade para artistas circenses.
  
  

• Convenção Calanga de Circo: primeira convenção regional independente de Brasília, realizada em 2016.
  
  

• 23ª Convenção Brasileira de Malabarismo e Circo: sediada em Brasília em 2025, reunindo centenas de artistas de todo o Brasil.
  
  

O Coletivo Ambidestro acredita na potência da articulação coletiva para manter o circo vivo, pulsante e em constante transformação.

Carta de Princípios do Coletivo Ambidestro

O Coletivo Ambidestro é um espaço de criação, encontro e articulação entre artistas e coletivos que têm no circo uma linguagem viva, pulsante e transformadora. Desde 2012, construímos caminhos coletivos a partir do território do Distrito Federal, acreditando na arte como forma de conexão, resistência e reexistência.

Nossa atuação é guiada por princípios que sustentam não apenas nossos projetos, mas também as relações que cultivamos ao longo da jornada:

1. Coletividade
   
   Acreditamos na força do grupo e na construção conjunta como motor de transformação social e cultural. Valorizamos as decisões compartilhadas, a escuta ativa e a ação colaborativa.
   
   

2. Cuidado
   
   O cuidado é base das nossas relações — com as pessoas, com os processos, com nossos corpos e com os territórios. Nosso fazer busca respeitar os tempos, as escutas e os limites de cada pessoa.
   
   

3. Colaboração e Redes
   
   Trabalhamos a partir de parcerias horizontais, conectando pessoas e iniciativas em torno de objetivos comuns. Acreditamos que o trabalho em rede fortalece a autonomia e potencializa a criação.
   
   

4. Formação e Autonomia
   
   Criamos caminhos para o fortalecimento da autonomia artística, técnica e institucional de artistas e grupos, oferecendo formações, oficinas e suporte à formalização no campo cultural.
   
   

5. Acessibilidade e Inclusão
   
   Defendemos o acesso amplo à arte e à cultura. Nossos projetos buscam eliminar barreiras sociais, físicas, econômicas e simbólicas, garantindo participação diversa e equitativa.
   
   

6. Diversidade e Pertencimento
   
   Valorizamos a pluralidade de corpos, histórias, territórios e estéticas. Reconhecemos a potência das diferenças e trabalhamos para que todas as pessoas se sintam pertencentes aos espaços que criamos.
   
   

7. Diálogo e Horizontalidade
   
   Cultivamos a escuta, a transparência e a tomada de decisões compartilhada, com base no respeito mútuo e na troca de saberes entre iguais.
   
   

8. Sustentabilidade dos Processos
   
   Mais do que resultados imediatos, investimos em processos contínuos e duradouros, com responsabilidade ética, econômica e afetiva.
   
   

9. Transformação e Resiliência
   
   Acreditamos na arte como agente de mudança. Nossa prática se adapta aos desafios e se reinventa com criatividade, resistência e alegria.
   
   

Assumimos esta carta como um compromisso com nossa história, com nossos parceiros e com o futuro que desejamos construir: um circo vivo, plural e em movimento.